11 de outubro de 2009

Coletivo

Fadiga de dias úteis
o suor seco não refrescou
o furor de dias. De nada adiantam.
O fim de dia. Jornadas descansam

O fim de dia, fim de dias
De mesma data pra todos.
O mesmo fim, pra todos
governam os dias capitais

Os mesmos pecados
Cada um para
e por si.
Cada um sentindo o mesmo incômodo
juntos, no mesmo incômodo
todos ouvem o ronco do motor
todos sentem esse aperto.
Apertados entre posições não se comovem
eles têm que agüentar o aperto
Um degrau pra todos.
Na mesma escada está cada um deles.
Estão todos juntos, ninguém percebe.

Juntos
no mesmo objetivo
sob os mesmos abusos
sujos e puros sobreviventes
união e identidade ausentes
sob a mesma prisão
sob os mesmos protestos latentes
a mesma ideologia
o mesmo fim de dia
um só coletivo.