27 de outubro de 2010

Máquina

A máquina de café engoliu a moéda!
A máquina engoliu o café!
A máquina engoliu bom humor!
A máquina enguiçou o desejo!

A máquina enguiçou
A máquina ficou sem café
A máquina quebrou
A máquináquináquináquinááááááááaááá

21 de outubro de 2010

subo ao parnaso. Faz-me gargalhar
gás rarefeito longe do real
e lá embaixo o pranto está no ar
está no cheiro fétido banal

desço de novo e choro sem parar
a dor de entrar no êxodo formal
a dor me prende, é plástica, fará
com que me perca em meio a esse mal

estou tocando um rústico alaúde
prefiro o punk podre tipo inglês
não quero um monte grego degradê

alguém me ajude, tudo fiz que pude
fiz um soneto dois e agora três
e quanto esforço fiz pra não fazer

19 de outubro de 2010

The body and the mind

I read somewhere:
No body, never mind

I heard in my head:
nobody never mind

I coud've wroten this
more than anybody
but I don't mind
Whatever, never mind
brilliant it is

no-bo-dy-ne-ver-mind!

12 de outubro de 2010

Abraços dobrados

É pelo meu espírito quebrado
que brado
nesta carta manuscritos ousados
ou vagos
de desejo que deduzo ser por você.
Vou ser
da fraqueza de não poder pôr em palavras,
da lavra,
a força do discurso desses almaços

Abraços dobrados!
...praticamente um amasso.