Espirro de absurdo
manifesto de inspiração
incoveniente incontesta
despertar de dispersão
que extrai do inconciente disparates
palavras dispersas
bagunçadas por sentimentos incertos
Medos desmotivados
desejos latejantes
tuque batuque demente
insistente a mente
tenta uma coesão
tornar pacífico o desentedimento
conflito do tipo: — Quer ir? — Pode.
Trazer pra perto a prosaica discrição
arte descritiva do bom escrivão
de desconcretização
mas volta no momento
o último ressentimento
Medo
o medo de olhar
impede a descrição de olhar
torna indiscritível o olhar
medo medo medo
ser olhar tocar
olhar leitor julgar
volte mente ao lugar!
novamente ao lugar...
o dia não tem luar
Pantagruel vem me chamar
serei Franco Moretti
agora saí do sério
é a mais pura mentira
não há preenchimento
há bifurcações de fúria
furos de ira
sonho de indescrição
de beijo no olhar
— acordado —
de sentar no meu colo
o corpo e cabelo.
A carga de ressentimento
deu corda ao devaneio
o medo virou paixão
a mente foi pra escanteio
no reino da sensação
indiscreta
livre
associação
Ação de sapo
dissocia
diz sofia
fobia
medo
meio
veio
feio
fim.
sim!
incumprido!
encomprido tudo
sinto tudo
encontrado e tragado
num mar de anti-sentido
maravilha
olho vil
sexteto trolho
lhama fama
corazeda coração
coro de corais parafuso
sujo sujiscuro
desrritimado no vôo
do cimento ciumento.
20 de maio de 2010
1 de maio de 2010
A morte absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Às vezes
eu queria morrer
Não como um suicídio,
não como Castro alves
Álvares de Azevedo
werner e a sociedade
dos poetas mortos
só morrer só
sem solidão
Sem ofuscar
sem escurecer
não uma vida finda
não alma viva ainda
mas morte pura, a morte mais linda
queria ser tudo que não é por ser o que é
morte da cor que o cego vê
que não tem por que porque não tem
morte forte que não tenha rima
por não ter nada em cima
morte sem sinal, por não ter sina
Só queria ser algo que se algo fosse
seria morto imortal, sem motivo
seria feliz por não ter emoção
eternamente completo por não ser
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
. . . . . . . . . . . . Manuel Bandeira
Às vezes
eu queria morrer
Não como um suicídio,
não como Castro alves
Álvares de Azevedo
werner e a sociedade
dos poetas mortos
só morrer só
sem solidão
Sem ofuscar
sem escurecer
não uma vida finda
não alma viva ainda
mas morte pura, a morte mais linda
queria ser tudo que não é por ser o que é
morte da cor que o cego vê
que não tem por que porque não tem
morte forte que não tenha rima
por não ter nada em cima
morte sem sinal, por não ter sina
Só queria ser algo que se algo fosse
seria morto imortal, sem motivo
seria feliz por não ter emoção
eternamente completo por não ser
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