Tô de boa
de boa na lagoa
largado largo alagado
banhando na garoa
ganhando fama de garoto a toa
Tô na boa
tô a toa
to afogado de alforria
afobado em calmaria
afundado em alegria
lavado líquido largado
lambusado em lama límpida e louco
mergulhado no lábio
molhado de uma linda loura
caldo pescado linguado
escaldado em molho e molhado
to de molho
tranquilo naquele ditado popular
quem tá na magoa é pra se malhar
na boa
to a toa numa boa
e isso não destoa do meu canto cururu
lagoa canto de alma levada
to de boa e to a toa
se te magoa pau no seu cu
larga a mão
relaxa!
goza e não engole
alastra e rebola bola
lamba o bolo livremente louco ou louca
se livra e leia minhas palavras faladas
recoloca
me fala se não é bom calar
a boca desfolha em um olhar
olha bem meu bem
numa boa
to a toa numa boa
vem se molha
fica de boa!Fica bem suada! Boa também!
29 de dezembro de 2010
23 de dezembro de 2010
Caia na real
Sai
Você não é bem vinda
Você pode ser linda
mas não vou te aceitar
me deixou sozinho agora vem me chatear
não me azucrina
menina, não quero você
aqui
Se
eu não te quero mais, por que você vem?
Tenho certeza, já não me quer também
pois até entrando aqui se retira
e me trata como um
ninguém
Mal
Me disse que não sou legal
xingou o nosso carnaval
me tratou como um animal
...
e vem aqui perturbar o meu sono
não sei como consegue ser tão ruim
Vai!
Caia na real!
Saia!
Vai!
Caia na real!
Saia!
Não importa a barreira que eu ponho
você sempre invade meu sonho
Eu não sei a quem quero enganar
Você é a única que posso amar
vou sair pra poder te encontrar
Eu não aguento me sentir tão mal
Sai do meu sonho e vem pro real
que eu te amo e não posso negar
Você não é bem vinda
Você pode ser linda
mas não vou te aceitar
me deixou sozinho agora vem me chatear
não me azucrina
menina, não quero você
aqui
Se
eu não te quero mais, por que você vem?
Tenho certeza, já não me quer também
pois até entrando aqui se retira
e me trata como um
ninguém
Mal
Me disse que não sou legal
xingou o nosso carnaval
me tratou como um animal
...
e vem aqui perturbar o meu sono
não sei como consegue ser tão ruim
Vai!
Caia na real!
Saia!
Vai!
Caia na real!
Saia!
Não importa a barreira que eu ponho
você sempre invade meu sonho
Eu não sei a quem quero enganar
Você é a única que posso amar
vou sair pra poder te encontrar
Eu não aguento me sentir tão mal
Sai do meu sonho e vem pro real
que eu te amo e não posso negar
18 de dezembro de 2010
Harpa esquisita
Dói-te a festa feliz da verdade da vida...
Tanges a harpa, em teu sonho, almas ou cordas, cantas,
Bóiam-te as notas no ar, a asa no azul diluída
E, assombrado, reptis — homens, não! Tu levantas,
E apupilam-te a fronte as mil pedras agudas
De ódios e ódios a olhar-te... E és um rei que as avista.
No halo, de amor, que tens! se em colar as transmudas,
Vais — um dervixe persa, o mato azul — Artista!
Inda olhar, adormido abre, e é de ocre, e avermelha!...
Vem colar-te ao colar.. e oh! tua harpa esquisita
Plange... flora a zumbir, minúscula, que imita
A abelheira dor, em centelha e centelha.
E é a sombra... E o instrumento, a gemer iluminado,
Como que à Noite estrela um núbio corvo... E lindo
(inda que as asas tens não terás ao lado)
Porque os pétalos d'ouro, a haste de prata, abrindo,
Um lírio de ouro se alça? os paços voam-te pelas
ribas... Oh! Que ilusões da flor, que tantaliza!
Sobe a flor? Sobes tu e a alma nas pedras pisa?...
Pairas... Em frente, o mar, polvos de luz — estrelas...
Pairas... e o busto a arfar — longe, vela sem norte.
Negro o céu desestrela, o seio aqueando: escuta.
No amoroso oboé solfeja um vento forte
e, alta, em surdo ressôo, a onda betúmea e bruta,
A ânsia do mar, lá vem esfola-se na areia...
Seu líquido cachimbo e mágoa acesa, e fuma!
E chamas a onda: "irmã". E em fósforo incendeia
Na praia a onda do mar, ri com dentes de espuma.
De ametista, em teu sonho, uma antiga cratera
Mal te embebe — alegria! — alvos dedos de frio,
Eis se te emperla o rosto e a prantear vês, sombrio
A onda crescer, rajar-se em Brutal Bêsta-fera!
Olhas... E, soluçoso, à música das mágoas
Amedulas o Mar e amedulas a Terra!
A sombra aclara... E é ver a dança verde de águas
E arvoredos dançando ao coruto da serra!
Gemes... Dedando o Azul as magras mãos dos astros
Somem, luzindo... Ao longe, esqueleta uma ruina
Em teu sonho a enervar argentina, argentina...
De ilusões, no horizonte, ossos brancos... São mastros!
Quente estrias a alma, à frialgem, nas cousas...
Que bom morrer! Manhã, luz, remada sonora...
Pousas um dedo níveo às níveas cordas, pousas
E és náufrago de ti, a harpa caída, agora.
Ah! os homens percorre um frêmito. Num chôro...
Move oceânica a espécie, amorosa, amorosa!
Mais que um dervixe, és deus, que morre, a irradiosa
Glorificaçãod e ouro e o solde ouro... à paz de ouro.
..............................................Pedro Kilkerry
Quando eu crescer vou escrever assim.
Tanges a harpa, em teu sonho, almas ou cordas, cantas,
Bóiam-te as notas no ar, a asa no azul diluída
E, assombrado, reptis — homens, não! Tu levantas,
E apupilam-te a fronte as mil pedras agudas
De ódios e ódios a olhar-te... E és um rei que as avista.
No halo, de amor, que tens! se em colar as transmudas,
Vais — um dervixe persa, o mato azul — Artista!
Inda olhar, adormido abre, e é de ocre, e avermelha!...
Vem colar-te ao colar.. e oh! tua harpa esquisita
Plange... flora a zumbir, minúscula, que imita
A abelheira dor, em centelha e centelha.
E é a sombra... E o instrumento, a gemer iluminado,
Como que à Noite estrela um núbio corvo... E lindo
(inda que as asas tens não terás ao lado)
Porque os pétalos d'ouro, a haste de prata, abrindo,
Um lírio de ouro se alça? os paços voam-te pelas
ribas... Oh! Que ilusões da flor, que tantaliza!
Sobe a flor? Sobes tu e a alma nas pedras pisa?...
Pairas... Em frente, o mar, polvos de luz — estrelas...
Pairas... e o busto a arfar — longe, vela sem norte.
Negro o céu desestrela, o seio aqueando: escuta.
No amoroso oboé solfeja um vento forte
e, alta, em surdo ressôo, a onda betúmea e bruta,
A ânsia do mar, lá vem esfola-se na areia...
Seu líquido cachimbo e mágoa acesa, e fuma!
E chamas a onda: "irmã". E em fósforo incendeia
Na praia a onda do mar, ri com dentes de espuma.
De ametista, em teu sonho, uma antiga cratera
Mal te embebe — alegria! — alvos dedos de frio,
Eis se te emperla o rosto e a prantear vês, sombrio
A onda crescer, rajar-se em Brutal Bêsta-fera!
Olhas... E, soluçoso, à música das mágoas
Amedulas o Mar e amedulas a Terra!
A sombra aclara... E é ver a dança verde de águas
E arvoredos dançando ao coruto da serra!
Gemes... Dedando o Azul as magras mãos dos astros
Somem, luzindo... Ao longe, esqueleta uma ruina
Em teu sonho a enervar argentina, argentina...
De ilusões, no horizonte, ossos brancos... São mastros!
Quente estrias a alma, à frialgem, nas cousas...
Que bom morrer! Manhã, luz, remada sonora...
Pousas um dedo níveo às níveas cordas, pousas
E és náufrago de ti, a harpa caída, agora.
Ah! os homens percorre um frêmito. Num chôro...
Move oceânica a espécie, amorosa, amorosa!
Mais que um dervixe, és deus, que morre, a irradiosa
Glorificaçãod e ouro e o solde ouro... à paz de ouro.
..............................................Pedro Kilkerry
Quando eu crescer vou escrever assim.
8 de novembro de 2010
Transição
Minha alma está com trauma
caindo fora a trava da jaula
uma ânsia, uma pressão
irão logo aos ares
quero o caos
quero a calamidade
quero de quebra a calma
caindo fora a trava da jaula
uma ânsia, uma pressão
irão logo aos ares
quero o caos
quero a calamidade
quero de quebra a calma
2 de novembro de 2010
27 de outubro de 2010
Máquina
A máquina de café engoliu a moéda!
A máquina engoliu o café!
A máquina engoliu bom humor!
A máquina enguiçou o desejo!
A máquina enguiçou
A máquina ficou sem café
A máquina quebrou
A máquináquináquináquinááááááááaááá
A máquina engoliu o café!
A máquina engoliu bom humor!
A máquina enguiçou o desejo!
A máquina enguiçou
A máquina ficou sem café
A máquina quebrou
A máquináquináquináquinááááááááaááá
21 de outubro de 2010
subo ao parnaso. Faz-me gargalhar
gás rarefeito longe do real
e lá embaixo o pranto está no ar
está no cheiro fétido banal
desço de novo e choro sem parar
a dor de entrar no êxodo formal
a dor me prende, é plástica, fará
com que me perca em meio a esse mal
estou tocando um rústico alaúde
prefiro o punk podre tipo inglês
não quero um monte grego degradê
alguém me ajude, tudo fiz que pude
fiz um soneto dois e agora três
e quanto esforço fiz pra não fazer
gás rarefeito longe do real
e lá embaixo o pranto está no ar
está no cheiro fétido banal
desço de novo e choro sem parar
a dor de entrar no êxodo formal
a dor me prende, é plástica, fará
com que me perca em meio a esse mal
estou tocando um rústico alaúde
prefiro o punk podre tipo inglês
não quero um monte grego degradê
alguém me ajude, tudo fiz que pude
fiz um soneto dois e agora três
e quanto esforço fiz pra não fazer
19 de outubro de 2010
The body and the mind
I read somewhere:
No body, never mind
I heard in my head:
nobody never mind
I coud've wroten this
more than anybody
but I don't mind
Whatever, never mind
brilliant it is
no-bo-dy-ne-ver-mind!
No body, never mind
I heard in my head:
nobody never mind
I coud've wroten this
more than anybody
but I don't mind
Whatever, never mind
brilliant it is
no-bo-dy-ne-ver-mind!
12 de outubro de 2010
Abraços dobrados
É pelo meu espírito quebrado
que brado
nesta carta manuscritos ousados
ou vagos
de desejo que deduzo ser por você.
Vou ser
da fraqueza de não poder pôr em palavras,
da lavra,
a força do discurso desses almaços
Abraços dobrados!
...praticamente um amasso.
que brado
nesta carta manuscritos ousados
ou vagos
de desejo que deduzo ser por você.
Vou ser
da fraqueza de não poder pôr em palavras,
da lavra,
a força do discurso desses almaços
Abraços dobrados!
...praticamente um amasso.
25 de setembro de 2010
Preciso cuspir:
Sou um poço de pudor
Pudor não sacia a sede
Só seca
Preciso pecar
Me empreste um pecado
pra me consolar
Me peque
Preciso parar
com as plurais interrupções
parar de parar
subir
Preciso soltar
a pressão de secura
de pavor e pudor
depressa
Precisoparardepressa!
Preciso cuspir
ou vou explodir
Pudor não sacia a sede
Só seca
Preciso pecar
Me empreste um pecado
pra me consolar
Me peque
Preciso parar
com as plurais interrupções
parar de parar
subir
Preciso soltar
a pressão de secura
de pavor e pudor
depressa
Precisoparardepressa!
Preciso cuspir
ou vou explodir
17 de setembro de 2010
Poesia contra os astros
Parece sempre ficção
mas se afigura na vida
o mapa astral que ganhei
presente de aniversário
mostrou certo espelho cruel
"apesar das ambições
que são grandes e são muitas
sua força é insuficiente
pra poder concretizá-las"
mercúrio, netuno, saturno, sol
Tenho uma canção pra vocês
mas se afigura na vida
o mapa astral que ganhei
presente de aniversário
mostrou certo espelho cruel
"apesar das ambições
que são grandes e são muitas
sua força é insuficiente
pra poder concretizá-las"
mercúrio, netuno, saturno, sol
Tenho uma canção pra vocês
5 de setembro de 2010
Via Láctea
Eu quero viajar
pra bem longe daqui
Longe da solidão!
Longe da solidão!
Meu pequeno lugar
de onde pode-se ver
essa imensidão!
a imensidão!
Via Láctea!
O infinito meu lugar
O invisível desenhar
Via Láctea!
Poesia nunca vai acabar
Me aceite minha deusa
quando eu te encontrar
vou beber seu deleite
pra conseguir força
força pra continuar
a viver
Mas...
Se nunca eu te encontrar
assim dá pra ficar
dá pra me alegrar sim
com a alvura do luar
e com a grande galáxia
que há dentro de mim
pra bem longe daqui
Longe da solidão!
Longe da solidão!
Meu pequeno lugar
de onde pode-se ver
essa imensidão!
a imensidão!
Via Láctea!
O infinito meu lugar
O invisível desenhar
Via Láctea!
Poesia nunca vai acabar
Me aceite minha deusa
quando eu te encontrar
vou beber seu deleite
pra conseguir força
força pra continuar
a viver
Mas...
Se nunca eu te encontrar
assim dá pra ficar
dá pra me alegrar sim
com a alvura do luar
e com a grande galáxia
que há dentro de mim
28 de agosto de 2010
Vida, coisa mais linda!
Ah! Eu não mereço essa vida
essa coisa mais linda
perfeita pras pessoas
que podem me pisar
Eu
não mereço essa vida
essa coisa mais linda
perfeita pras pessoas
que podem me pisar
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar!
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar.
pisam em mim
como merda no jardim
como promessa pra santo querubim
ajoelham
na minha cara
Ai! Que dor!
essa dor que nunca para.
Eu não mereço essa vida
essa coisa mais linda, perfeita
pras pessoas que podem me pisar
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar!
e me pisar
e me pisar...
essa coisa mais linda
perfeita pras pessoas
que podem me pisar
Eu
não mereço essa vida
essa coisa mais linda
perfeita pras pessoas
que podem me pisar
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar!
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar.
pisam em mim
como merda no jardim
como promessa pra santo querubim
ajoelham
na minha cara
Ai! Que dor!
essa dor que nunca para.
Eu não mereço essa vida
essa coisa mais linda, perfeita
pras pessoas que podem me pisar
e me pisar
e me pisar
e me pisar
pra nunca mais parar!
e me pisar
e me pisar...
10 de agosto de 2010
Amor de merda
Esse amor é uma merda
me dá vontade de cagar
intestino apaixonado
ele só quer se revirar
tinha um grande sentimento
grande demais pro coração
revirava em meu estômago
e não fez a digestão
quem sabe uma lavagem
intestinal pra esquecer
o alimento de alma porca
na latrina vai descer
Espero talvez um dia
que acabe esse tormento
que acabe o sofrimento
essa infinita desinteria
que tanta gente gosta
Rabellais parece que quer me inspirar
não saio do lugar onde sou rei
Bosta! me apaixonei
me dá vontade de cagar
intestino apaixonado
ele só quer se revirar
tinha um grande sentimento
grande demais pro coração
revirava em meu estômago
e não fez a digestão
quem sabe uma lavagem
intestinal pra esquecer
o alimento de alma porca
na latrina vai descer
Espero talvez um dia
que acabe esse tormento
que acabe o sofrimento
essa infinita desinteria
que tanta gente gosta
Rabellais parece que quer me inspirar
não saio do lugar onde sou rei
Bosta! me apaixonei
2 de agosto de 2010
Well well
The first time they talked about You
I thought You could just make me bad things
those things You used to use to impress
those things You used to do was so sad
but now, you're here at the dancing floor
now I know you a little more
what I wanna get is You
What I wanna tell is
Oh girl! You're doing well
Oh girl! you're doing fine
Oh girl! You're doing so well
Oh girl! you'll be mine
With You I can tell
You'll put me out of the line
'Cause girl! You're doing so well...
Whith You I fell fine
last time I saw You I don't know what I felt
I just know was nice
I just know that it was the strongest feeling
that I had in my life
I thought You could just make me bad things
those things You used to use to impress
those things You used to do was so sad
but now, you're here at the dancing floor
now I know you a little more
what I wanna get is You
What I wanna tell is
Oh girl! You're doing well
Oh girl! you're doing fine
Oh girl! You're doing so well
Oh girl! you'll be mine
With You I can tell
You'll put me out of the line
'Cause girl! You're doing so well...
Whith You I fell fine
last time I saw You I don't know what I felt
I just know was nice
I just know that it was the strongest feeling
that I had in my life
14 de julho de 2010
Era pra ser prazer
"please, tell me what we've learned
I know it sounds absurd, but
please tell me who I am"
_____________________________ Rick Davies (Supertramp)
flores suaves e multicolores
ontem estavam tão lindas e alegres
vinham perfumes tocar minha pele
junto com o vento cantavam baladas
hoje, queridas, só trazem-me dores
trazem-me rimas, banais, mais banais
trazem-me música fraca e travada
fincam sofrer nesta alma abalada
ah, minhas flores, a cor não mudou
nem o perfume ou a forma ou o vento
tento entender, mas não dá, eu não posso.
Falta um negócio, saber quem eu sou.
I know it sounds absurd, but
please tell me who I am"
_____________________________ Rick Davies (Supertramp)
flores suaves e multicolores
ontem estavam tão lindas e alegres
vinham perfumes tocar minha pele
junto com o vento cantavam baladas
hoje, queridas, só trazem-me dores
trazem-me rimas, banais, mais banais
trazem-me música fraca e travada
fincam sofrer nesta alma abalada
ah, minhas flores, a cor não mudou
nem o perfume ou a forma ou o vento
tento entender, mas não dá, eu não posso.
Falta um negócio, saber quem eu sou.
12 de julho de 2010
Sonhei
Sonhei que te queria
sonhei que sonhava acordado com você
acordei um bebê que chorava
sem saber se sonhava ou vivia
O sonho ainda não acabou
ou sonho é o real nessa vida
Pois na verdade nunca soube
e continuo sem saber
Tento e tento e tento...
Tento te esquecer
mas o inconciente insiste tanto...
Vivo sonhando com você.
sonhei que sonhava acordado com você
acordei um bebê que chorava
sem saber se sonhava ou vivia
O sonho ainda não acabou
ou sonho é o real nessa vida
Pois na verdade nunca soube
e continuo sem saber
Tento e tento e tento...
Tento te esquecer
mas o inconciente insiste tanto...
Vivo sonhando com você.
15 de junho de 2010
Um pouco de sufoco
A copa me sufoca
a sala me convoca pra ver
o povo que vira brasileiro
de quatro em quatro anos
me invoca
amo sempre minha nação
esse repente parece provocação
Vou vocalizar este refrão!
Odeio esta época
essa épica esportiva
dane-se a ética
Hexa! Viva!
Nesse sentimento desemboca
esse sufoco que é a copa!
a sala me convoca pra ver
o povo que vira brasileiro
de quatro em quatro anos
me invoca
amo sempre minha nação
esse repente parece provocação
Vou vocalizar este refrão!
Odeio esta época
essa épica esportiva
dane-se a ética
Hexa! Viva!
Nesse sentimento desemboca
esse sufoco que é a copa!
20 de maio de 2010
Como afundo sem razão
Espirro de absurdo
manifesto de inspiração
incoveniente incontesta
despertar de dispersão
que extrai do inconciente disparates
palavras dispersas
bagunçadas por sentimentos incertos
Medos desmotivados
desejos latejantes
tuque batuque demente
insistente a mente
tenta uma coesão
tornar pacífico o desentedimento
conflito do tipo: — Quer ir? — Pode.
Trazer pra perto a prosaica discrição
arte descritiva do bom escrivão
de desconcretização
mas volta no momento
o último ressentimento
Medo
o medo de olhar
impede a descrição de olhar
torna indiscritível o olhar
medo medo medo
ser olhar tocar
olhar leitor julgar
volte mente ao lugar!
novamente ao lugar...
o dia não tem luar
Pantagruel vem me chamar
serei Franco Moretti
agora saí do sério
é a mais pura mentira
não há preenchimento
há bifurcações de fúria
furos de ira
sonho de indescrição
de beijo no olhar
— acordado —
de sentar no meu colo
o corpo e cabelo.
A carga de ressentimento
deu corda ao devaneio
o medo virou paixão
a mente foi pra escanteio
no reino da sensação
indiscreta
livre
associação
Ação de sapo
dissocia
diz sofia
fobia
medo
meio
veio
feio
fim.
sim!
incumprido!
encomprido tudo
sinto tudo
encontrado e tragado
num mar de anti-sentido
maravilha
olho vil
sexteto trolho
lhama fama
corazeda coração
coro de corais parafuso
sujo sujiscuro
desrritimado no vôo
do cimento ciumento.
manifesto de inspiração
incoveniente incontesta
despertar de dispersão
que extrai do inconciente disparates
palavras dispersas
bagunçadas por sentimentos incertos
Medos desmotivados
desejos latejantes
tuque batuque demente
insistente a mente
tenta uma coesão
tornar pacífico o desentedimento
conflito do tipo: — Quer ir? — Pode.
Trazer pra perto a prosaica discrição
arte descritiva do bom escrivão
de desconcretização
mas volta no momento
o último ressentimento
Medo
o medo de olhar
impede a descrição de olhar
torna indiscritível o olhar
medo medo medo
ser olhar tocar
olhar leitor julgar
volte mente ao lugar!
novamente ao lugar...
o dia não tem luar
Pantagruel vem me chamar
serei Franco Moretti
agora saí do sério
é a mais pura mentira
não há preenchimento
há bifurcações de fúria
furos de ira
sonho de indescrição
de beijo no olhar
— acordado —
de sentar no meu colo
o corpo e cabelo.
A carga de ressentimento
deu corda ao devaneio
o medo virou paixão
a mente foi pra escanteio
no reino da sensação
indiscreta
livre
associação
Ação de sapo
dissocia
diz sofia
fobia
medo
meio
veio
feio
fim.
sim!
incumprido!
encomprido tudo
sinto tudo
encontrado e tragado
num mar de anti-sentido
maravilha
olho vil
sexteto trolho
lhama fama
corazeda coração
coro de corais parafuso
sujo sujiscuro
desrritimado no vôo
do cimento ciumento.
1 de maio de 2010
A morte absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Às vezes
eu queria morrer
Não como um suicídio,
não como Castro alves
Álvares de Azevedo
werner e a sociedade
dos poetas mortos
só morrer só
sem solidão
Sem ofuscar
sem escurecer
não uma vida finda
não alma viva ainda
mas morte pura, a morte mais linda
queria ser tudo que não é por ser o que é
morte da cor que o cego vê
que não tem por que porque não tem
morte forte que não tenha rima
por não ter nada em cima
morte sem sinal, por não ter sina
Só queria ser algo que se algo fosse
seria morto imortal, sem motivo
seria feliz por não ter emoção
eternamente completo por não ser
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
. . . . . . . . . . . . Manuel Bandeira
Às vezes
eu queria morrer
Não como um suicídio,
não como Castro alves
Álvares de Azevedo
werner e a sociedade
dos poetas mortos
só morrer só
sem solidão
Sem ofuscar
sem escurecer
não uma vida finda
não alma viva ainda
mas morte pura, a morte mais linda
queria ser tudo que não é por ser o que é
morte da cor que o cego vê
que não tem por que porque não tem
morte forte que não tenha rima
por não ter nada em cima
morte sem sinal, por não ter sina
Só queria ser algo que se algo fosse
seria morto imortal, sem motivo
seria feliz por não ter emoção
eternamente completo por não ser
17 de março de 2010
Um doce
O amor me pediu um doce
mas tudo que eu tinha era um queijo
o que eu tinha era um queijo fedido
o amor pediu-me uma flor
mas só o que eu tinha: ...dor
cheirando medo ardido
O amor me pediu fosse o que fosse
mas isso eu não tinha em posse
só coisas: queijo, dor, pedido...
Pediu um sentimento qualquer de papel
sinto muito! “ai meo deus do céu!”
não tenho. Não é por mal
o amor me despediu
agora isso eu tinha
feliz eu dei um “tchau!”
mas tudo que eu tinha era um queijo
o que eu tinha era um queijo fedido
o amor pediu-me uma flor
mas só o que eu tinha: ...dor
cheirando medo ardido
O amor me pediu fosse o que fosse
mas isso eu não tinha em posse
só coisas: queijo, dor, pedido...
Pediu um sentimento qualquer de papel
sinto muito! “ai meo deus do céu!”
não tenho. Não é por mal
o amor me despediu
agora isso eu tinha
feliz eu dei um “tchau!”
25 de fevereiro de 2010
Abstinência
Eu não uso qualquer coisa
pra mim tem que ser da pura
barato qualquer comum
não anima nem impressiona.
Dependência emocional
infortúnio depressivo
doênça que não tem cura
que me prende ao maior mal
Mal que me consome
Mal que me consola
vício que não finda
fuga do real
faz com que eu me sinta tão bem
hoje eu só queria esquecer
hoje eu queria rolar solto
amor você me deixa louco
e eu queria me entorpecer
uma viagem, uma ausência, um deslise
e me vem essa insuportável crise
eu 'tou em abstinência de você
pra mim tem que ser da pura
barato qualquer comum
não anima nem impressiona.
Dependência emocional
infortúnio depressivo
doênça que não tem cura
que me prende ao maior mal
Mal que me consome
Mal que me consola
vício que não finda
fuga do real
faz com que eu me sinta tão bem
hoje eu só queria esquecer
hoje eu queria rolar solto
amor você me deixa louco
e eu queria me entorpecer
uma viagem, uma ausência, um deslise
e me vem essa insuportável crise
eu 'tou em abstinência de você
5 de fevereiro de 2010
28 de janeiro de 2010
25 de janeiro de 2010
12 de janeiro de 2010
Um dia...
serei Ícaro com alma de fênix!
E então me erguerei das cinzas de Apolo
Por enquanto sou Igor
caído
queimado
desalmado
sem consolo.
E então me erguerei das cinzas de Apolo
Por enquanto sou Igor
caído
queimado
desalmado
sem consolo.
7 de janeiro de 2010
Amor paulista
Eu estava andando pela paulista e dei de cara com ele. A gente não se via há tempos, no começo pensei que ele não tinha me reconhecido, estava com o rosto em semi-perfil, olhando pra rua, mas depois olhou para mim. Oi. Oi! Há quanto tempo? Eu me encantei e sorri. Um tempinho. Que tem feito da vida? Ah! Estudando bastante.
Engoli em seco. Ele fez mensão de ir, eu insegura juntei coragem. Me passa seu número. Quem sabe quando a gente vai se encontrar de novo? Ele respondeu de prontidão: pode deixar que eu te ligo, ainda te tenho na minha agenda. Tá bom! Meu rosto formigou. Até mais! O sorriso dele reluzia.
Nem sabia que ele tinha meu número. Mal posso esperar ele ligar.
Engoli em seco. Ele fez mensão de ir, eu insegura juntei coragem. Me passa seu número. Quem sabe quando a gente vai se encontrar de novo? Ele respondeu de prontidão: pode deixar que eu te ligo, ainda te tenho na minha agenda. Tá bom! Meu rosto formigou. Até mais! O sorriso dele reluzia.
Nem sabia que ele tinha meu número. Mal posso esperar ele ligar.
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