22 de setembro de 2013

Por que este blog morre hoje

O que era minha primeira descrição de blog:

Igor Koermandy Pereira 
Estudante de Letras, técnico em Design Gráfico e músico amador. A faculdade servindo para o meu desenvolvimento como designer e músico.  A arte nesta esfera é não mais um dom que uma sina. Já dito em plena aula de Introdução aos Estudos Literários, "todo adolescente é poeta", por consequência não posso deixar de fingir que sou um. 


A arte de fato não é mais um dom que uma sina. De resto nada é mais.

PS: "Se eu cantar não chore não. É só poesia." A morte deste blog fez nascer o novo blog "Caderno de LetrasErrabiscoitos".

12 de setembro de 2013

promessa quebrada

a gente tenta terminar bem
um caso de amor
a gente nisso estica àlém
até só ter dor

soa dor
doamor
o que posso dizer

o meu peito rachado
de tão molestado
jamais pode ser

mas foi e não sei
se é bem sua culpa
mas foi. me falhei

ódio e medo
meus dois cães de guarda
que brigam, me mordem
machucam minhas patas
de um cão mais que eles
de um cão maltrapilho
um cão me humilho
em mil serenatas
mas não adianta
mas não posso mais

quem sabe cantar
com minha garganta

o filme acabou
a torta estragou
a forca pegou
a força acabou
a farsa acabou
a praça fechou 
a prata acabou 
a estrada acabou
a moda acabou
e agora josé
e agora você
a boda acabou 
mas não sua vida
nos vemos um dia.

me prometi ia 
parar de escrever 
as melancolias

22 de agosto de 2013

Crônica

crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico

eu só quero comprar 
a minha alma como
o meu próprio placebo

eu comprei o meu corpo
encorporei um pouco
não recebi recibo

rodo enrolando um pouco
bolado sóbrio louco
cansado me embebido

telemarketiamo
eu vou fugir praqui
sorrir meu dom doído

show xoxo seco chovo
saco estourado enchamo
fazer novo de novo

crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico

eu só quero comprar 
a minha alma como
o meu próprio placebo

eu comprei o meu corpo
encorporei um pouco
não recebi recibo

rodo enrolando um pouco
bolado sóbrio louco
cansado me embebido

telemarketiamo
eu vou fugir praqui
sorrir meu dom doído

show xoxo seco chovo
saco estourado enchamo
fazer novo de novo
crônico crônico
crônico crônico
crônico crônico

8 de agosto de 2013

lembrando um
amigo
meu
lembrando um pouco
um copo-
eta
uns corpos
amo-
lação
umas coisas
ponta de faca
ponteiro (tenho que ir embora)
família (tenho que ir agora)
fio de machado (te nhoque irá ahora)
fio de machado
afiado
padinho
cumpade
saudade, pai
eu
fio de achado
penso que eus embros
em bolar
imolar
eu eito
eu cor luze som
na sestreza
acabo dando mais certo
acabo chegado mais perto
sai mais direito
direto
cúrveo discreto
ma está creto
oi ma
oi pa
iô pa
iá ma ma oi

interro-
cadê o logo
o lago, pato
cumpadi
cuntradi
são
vozes
"o jardineiro é jesus"
e
"as árvores somos nozes"
"nozes"
"as arvre"
"as ave"
"as avô"
"as frô"
"as fulô"
"as maria amaria"
não varia!
"o jardineiro é Jesus"
"e as árvores"
"somos"
"nozes"
"nozes"
vozes
ô pressão
quanto custa
apreço

eu
sim tudo
instinto extinto
extinto
este texto esta á
gora
quem sabe sem
incomplexo

repito
"eu
sim tudo
instinto extinto extituo este instinto extinto
extinto
este texto esta á
gora
quem sabe sem
incomplexo"

pois esta
chegam
dua
ora
iê o
"tenho que ir embora
sem enrolação"

tchau
volto

oi ma
oi pa
iô pa
iá ma ma oi
apareço
livraço
mas é só
dissociação
quem sabe só
som
quem sobe sombras
alma
vozes
braços
esperança esquizofrenista nestas
de serem ouvistas
ouvistas
e entreditas...
entenditas...
entrenditas...
e bem pro-nun-ci-a-das
sorte ou asas
à esperança
equilibrista
no fio
de machado
direito
ex-queda
da polis-
semia
da minha cabesta
está
ágora
passou muito do hora
rio
como um nego a canoar
nego a negar
pois meu branco
do olho
pro meu olho é igual
e não vai ter fim
e chega
e fecha
e abre
e fecha
e não
acabe

não cabe
sim. está
mais
louco
encomprido
pois

não consigo
comigo
parar

23 de julho de 2013

Série papa

I
papa
papa
papa
papa
papa-papa
papa-papa
papa-papa-papa
papaumama
papaumama
umpapaumama
umpapaumama
umpapauuuuuuuuhhhh
papapa-papa
papaumama
papaumama

II
papa
papá!
Ih! Morreu.

III
qué papa
qué papa
qué papá!

IV
papaquem?
copapaquem?

V


VI


VII


VIII
papa que tenho que engolir
papo que tenho que engolir
copa que tenho que engolir
rapa que tenho que engolir
fato que tenho que custir
tenho que cuspir
ou vou explodir

Bjmeliga!

9 de julho de 2013

Matura
matura
matura
matura
matura
matura
natura

Ah! natura
quem sabe dura
quem sabe cura

15 de junho de 2013

Senhor (Jabor)

por favor
deixa o meu amor em paz
senhor
por favor
que essa mídia média não
dá mais
eu bem sei
que esse seu trabalho é que
te faz
publicar
toda essa besteira nos
jornais
é normal
esse papo todo de
jornal
mas senhor
por favor pega no meu...

Tambor
e vamos juntos batucar
E vamos juntos pra dançar
gritar bem alto pela rua
juntar a minha vóz e a sua
gritar bem pelo bem....

...pra alguém
por favor
deixa o meu amor em paz
senhor

16 de maio de 2013

hábeis tratos concretos

estes versos não
são concretos
mas são
só mais discretos

estes versos são
canção
locução
sansão no inverso

todo verso é
repleto
de só ré, soul
som concreto

ritmo fato
fato
musicante
não contrato

duro ou solto e disperso
mesmo antes de dito concreto o dito em verso não é abstrato

corpo no artista
física
não concretista
objeto
o verso é concreto

e o conceito é papo
é só
abstrato

11 de março de 2013

Chuva ácida

encharco a cidade
abarco em minha acidez
corroo sob água
acidentes jorram
de dentro de um descaso
a mágoa se alaga
tudo estraga
tudo desanda

eu vaso em abundância
e a cidade não tem descarga

2 de março de 2013

um quase desfalque

Chove recalque
decalque no vermelho
preto, branco, vermelho, cinza, amarelo
nipo-afro-caucasiumano
se dão
elos
correntes
de gente gentil
felicidade de graça
há saudade do que não se viu
tem sal que dá toque de graça
na boca uma pitada
na vista fotos, gostos
fotos de uma noitada
no peito o atabaque
foi quase um desfalque

25 de fevereiro de 2013

Ei você aí, amor

me dá me dá me dá me dá
um pouco de cor por favor

um pouco de cor sem papel

pra por nesse poço de dor

senão nesse poço de cinza

vapor nessa água sem sal

calor nesse morno moral


eu quero ainda mais 
carnaval

14 de fevereiro de 2013

Verso do fingimento


visto a primeira vez
em situação formal
ela investiu
polidamente
foi gentil

A segunda vez fingiu não ver
me falou por educação

Na terceira, percebi e meu pranto é eterno
dissimula não perceber e passa por mim
novas falsicidades não
passo

3 de fevereiro de 2013


na cozinha com você
não consigo por meus oléos na frigideira
eu só... óleo... pra você
e os meus óleos com cebolas
choram de espirrar na emoção de te ver
verte líquido, como tomate esfaqueado
como tomar-te as mãos me enlouquece
teus óleos quentes me derretem com manteiga
como o queijo escorrendo em minha boca
eu descasco com um braço, sua roupa
com o outro pego um frasco de pimenta
fogos, óleos, sais e cores, tudo esquenta
sai banquete sobre a mesa sem talheres

21 de janeiro de 2013

Estígma

I

me vi deparado com o mundo

o estigma está estigmatizado
o dogma tem óbito atestado
o dízimo foi dizimado
o pequeno já não é mais pecado
a alma desanimou e sumiu
e o espírito está estilhaçado

Deus disse Adeus
Jesus suspirou
e o amor não seduz
e o sonho acordou

a flora foi jogada fora
a fauna jogada na sauna
a tradição já foi traída
a maldição foi esquecida
a páscoa descasca em cacau
e até no natal foi fatal
a luz já virou capital


II

hoje o homem em desamparo.

me encaro, desando e paro.
É mentira!
volta a andar. volta! volta!
Nessa andança a esperança é tísica
olho o mundo, vi metafísica
o chão é concreto, o sorriso é amigo
a perda tem banho de ganho
meus olhos na minha nuca passivos
murmurinhos na cabeça sem fim
algo no mundo parece perdido
mas nem toda perda é ruim

15 de janeiro de 2013

Oriente

Horizonte
Oriente
de fronte ou de frente
tanto faz
me desoriento
me perco no longe

longe oriente
não dá norte, mas sigo direto
solto à sorte
preciso tomar algo forte
um rum
um rumo talvez que me acorde

Para onde?
não parar nunca
não ter fim
perseguir o horizonte até definhar

2 de janeiro de 2013

Barack do Obama


Barack Obama capturou o Osama Bin Laden.
Barack Obama foi a Nova York em busca dinheiro para a campanha.
Obama seguia a pista de Bin Laden desde o seu ataque terrorista.
O governo do Paquistão foi informado da operação.
A questão da captura é relevante para a campanha.
Líderes do Paquistão dizem que estão de acordo.
“Bin Laden não era um líder muçulmano”
A Caça a Bin Laden durou quase dez anos.
Obama reclama que a nação americana ainda não está livre da Al Qaeda.
Com a queda de Osama sonha Obama ver Al Qaeda caída.
Obama quer acordo por fundos para a campanha.
De acordo com Obama a América pode fazer qualquer coisa.
Proclamou Obama que foi morto Osama Bin Laden.
Apaga-se a chama de Osama Bin Laden.
Obama chama a atenção de Nova York em sua campanha.
Barack Obama ganha as eleições?
Barack Obama os ama a todos menos Bin Laden.
A desgraça da caída dos prédios graças à Al Qaeda foi vingada.
Bush: A desgraça de Obama foi uma vitória americana.
Barack Obama para campanha quer grana.
Barack Obama veio ao Brasil e não tomou Baden Baden
Busca por Osama trouxe fama a Barack Obama.
Para que Osama fosse pego Obama ficou de manha.
Obama odeia o IBAMA, quer fama que os ama.
Fez Obama Bin Laden campanha pela grana que o banha.
Foi a busca de uma nova morte para a campanha por grana e fama.
Uma voz clama para o bom Barack que os ama uma chama e uma cama de campanha.