11 de julho de 2009

Rumo às maravilhas

Alice segue sem se perguntar onde vai
mesmo sem saber por que, entra e sai
não visa nem evita o grito de ai
não sabe a profundidade do buraco que cai

Somos todos Alices perdidas
sem passaporte, direto
entramos e moramos anos em nossas vidas
sem saber em que país estamos

louvamos aventura
pensamos desrazão
desejamos racionalidade
vivemos loucura
somos insanidade

Vai! Vai Alice, ingênua criança
aproveita enquanto a alegria te alcança
não se apresse a entrar em nossa dança

não sei mais a letra da música
de lagosta branquinho ou camarão
minha cabeça anda confusa
Chapeleiro! mais chá de ilusão!
pois enxergar é tanta utopia
à sombra da ciência que afasta a alegria
que beber menos chá não é opção.

Não vale o esforço sanar o coração,
escolher pelo destino a direção,
tentar prever o que esperar,
e destinar-se a decepção.

Vamos! Venham viver!
Iremos decididos
sem objetivos
sujeitos a todas as dores com muito prazer.

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