14 de junho de 2009

Sonho de creme

Quando eu era criança tinha um sonho
e falava dele o tempo inteiro
quando eu crescer vou ser padeiro
quando eu crescer vou ser padeiro

Vovó me incentivava
sempre fazíamos sonhos pra vender
eu vendia sonhos a um real

Entre o pessoal da família
era alegria, fantasia
diversão sem igual
vendendo sonhos de criança
até um dia não sei qual
que vendi o meu sem querer

Agora quando venho à padaria
me vem essa triste lembrança
da inocência
dos sonhos
de minha avó
de minha infância
de como eu enxergava além

E nessa estranha discrepância
tento recuperar minha fantasia
através de uma poesia que vou acabar vendendo também

3 comentários:

  1. parabéns pelo sonho vendido,
    parabéns pela poesia que compro teu.

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  2. mui mui graciosa sua poesia! rsrs
    SAPS

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  3. Vendemos sonhos, compramos sonhos, trocamos sonhos. Eis um comércio útil e necessário! E nesse mundo que tudo se torna produto, este deveria ser o único produto indispensável, item de primeira necessidade, se queremos viver felizes. Quanto à poesia que venderá, eu a compro. E que venham muitas mais - como falta poesia no mercado (e no mundo)!

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