3 de maio de 2009

Há hora

Agora só há a agonia
só há o lírico agonizante
que porque em canto
que porque agoniza
vive em seu canto

Mas agora gora.
Há a agonia de repetir, agora
da tortura lírica que se repete.
De repente
há a angústia de não ter mais o que se crie
de não ter mais o que se sofra
de não ter mais o que se faça
de não haver mais o que se cante, mas cantar
de repente...
Espero que haja
que nao seja assim ainda
apesar de haver já a possibilidade
contra minha vontade

Agora
há já a possibilidade de entenderem o que digo
mas não de entenderem o que sinto
mesmo que sintam o mesmo

O lírico diz diferente mas sente igual
mesmo querendo sentir anormal
nisso já repete
se digo digo não digo diogo
mas nisso já repete de novo

Sente depois chora
sempre
por agora
e de agora talvez pra sempre

Depois de tudo que deu
Há agonia de escrever muito
agora de pensar muito
agonia de dizer pouco
agora de mudar nada

Mas há ainda agora
Esperança, que não muda e e não é dada
Mas traz possibilidade de mudança

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